A Congregação Agostiniana Missionária foi fundada em 6 de maio de 1890, em Madrid, na Espanha. Atualmente, está presente em 17 países ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde primeiro se instalou em Catalão (GO), em 1921. Foi constituída em Sociedade Civil apenas em 1949, denominada Congregação Agostiniana Missionária de Assistência e Educação — Entidade Beneficente de Assistência Social, com atividades preponderantes na Educação Básica, Secundária e Assistência Social — Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.
Presente em 10 cidades de cinco estados brasileiros, conta com mais de 4.923 alunos. A Rede tem sede em São Paulo (SP), além do Colégio Cristo Rei e do Centro Educacional Santo Agostinho, que é, também, obra social. A atuação se estende aos seguintes municípios: Jundiaí (SP), Catalão (GO), Goiânia (GO), Jataí (GO), Belo Horizonte (MG), Divisópolis (MG), Rio de Janeiro (RJ), Soure e Portel (PA).
A Congregação de Agostinianas Missionárias está inserida na Igreja, como parte ativa da missão de anunciar o Reino de Deus e colaborar na sua construção, isto é, evangelizar por meio da tarefa educativa. Compreende que a educação não será integral se ignorar a dimensão espiritual e o cultivo dela.
Os pilares da fraternidade Agostiniana são: Interioridade, Vida em Comunidade e Serviço à Igreja, com destaque para a Amizade. É missão da Rede vivenciar, na prática, os valores: Interioridade, Verdade, Liberdade, Amizade, Comunidade e Justiça Social, vivendo o amor incondicional a Deus, que une alma e coração com o propósito de educar evangelizando.
Para alcançar esse objetivo, há um projeto de Pastoral educativa que norteia o agir de todas as unidades quanto à intencionalidade da ação educativa já fundamentada em Documento Congregacional. Por meio da educação — especialmente, da infância e juventude — e da promoção humana, a Rede colabora com o homem no processo de plena realização, para que surja como pessoa consciente da dignidade, sã, crítica, aberta aos valores transcendentes e comprometida com o Reino na promoção da justiça, da paz e da integridade da Criação.
Currículo Evangelizador
Os pilares da espiritualidade da Congregação Agostiniana balizam e permeiam as atividades curriculares. Algumas unidades vivenciam um importante projeto, denominado Acolhida, que se trata de um momento inicial das atividades diárias, em que as crianças são motivadas a sentir o desejo de encontrar Deus, de falar com Ele. Por meio de histórias, canções, dinâmicas e encenações em volta de um tema norteador, as crianças são levadas a refletir e a rezar. Além disso, valores, como partilha, solidariedade, respeito e amizade, são sementes plantadas em todos os encontros. Em contato com os textos bíblicos, as crianças conhecem a mensagem, refletem sobre o que aprenderam e, em seguida, são convidadas a partilhar com a família. A prática é concluída com um convite para conversar com Deus, por meio da oração, que pode ser conduzida por uma professora ou uma criança — como uma forma de ensinar sobre um Deus que é puro amor e que escuta.
Por fim, eixos temáticos, de acordo com a faixa etária dos alunos, norteiam o planejamento do ano, desenvolvido para além das aulas de educação religiosa, pois atravessa os demais componentes curriculares. Semelhantes a esse projeto com os alunos da Educação Infantil, são os dias de convivência com os estudantes a partir do 6° ano. Vale destacar o papel da Campanha da Fraternidade, que acompanha todo o ano letivo, tendo como momento forte a celebração da Páscoa, com ato celebrativo e gestos concretos de solidariedade. Ela é associada aos eixos temáticos, que contemplam, entre outros, o autoconhecimento, o sentido de estar no mundo, a vocação transcendente do ser humano, a responsabilidade de cada um pela vida em geral e a vida compreendida em toda a amplitude das relações.
Vida Pastoral
Sob a visão de que a evangelização se dá mais pelo exemplo do que pela pregação, para a Rede, é fundamental que o ambiente escolar e de projeto social exale um clima de acolhimento, encarnação, com louvor e gratidão a Deus. Esse ambiente convida as pessoas à doação, primeiro de si, ajudando uns aos outros nas necessidades e dificuldades. Da criança ao adolescente, a Rede diversifica a forma de abordar os mesmos temas e aspectos. Na Congregação, é comum ver meninos e meninas de 14 a 17 anos presentes em creches ou abrigos de crianças com a finalidade de recreação. Da mesma forma, é comum que os ex-alunos estejam engajados em causas sociais, ONGs, Grupos de Jovens ou na catequese, decorrente das experiências vividas no colégio. Na vida fora da comunidade educativa, a Rede atinge os familiares, principalmente por meio das ações realizadas com as crianças e com o incentivo de tornar a oração um hábito em família. O movimento se inicia por atos simples, por exemplo, reunindo a família no café do Dia das Mães ou do Dia dos Pais, precedido por um momento de oração.
Outro exemplo é durante a formação dos grupos de catequese para a Primeira Eucaristia, pois os primeiros, na sala de catequese, são os pais, que também participam dos momentos de interiorização, os quais são iniciados por espiritualidade.
Quanto à formação do corpo docente, a Rede entende que é fundamental infundir o espírito evangelizador nos educadores. Nas semanas pedagógicas, são promovidos momentos especiais de formação e espiritualidade. Outros são programados ao longo do ano letivo, para reunir o grande grupo de todas as unidades e promover o conhecimento do Evangelho, da espiritualidade agostiniana, oferecendo elementos para que sejam cristãos. As datas comemorativas e os tempos litúrgicos são valorizados, especialmente a Quaresma, a Páscoa e o Natal. A Rede ainda celebra as datas dos padroeiros, organiza celebração em ação de graças pelo fim de cada ano escolar, além de comemorar o Dia das Mães e o Dia dos Pais. A Rede criou a tradição de celebrar não só ritos sacramentais, mas momentos fortes, atitudes de gratidão, expressão de alegria pelas experiências vividas e o fortalecimento do espírito de comunhão fraterna.
Expandindo a Identidade
O primeiro princípio para a integração é a clareza de que somos escola católica, na qual cabem todos. Com isso, fica claro que a formação religiosa não será catequética; será, antes de tudo, fazer reconhecer a transcendência do ser humano, sua vocação ao infinito, seu estar no mundo com sentido — ou seja, conduzir a uma vida de fé. As unidades escolares da Rede decidem o trabalho voluntário de acordo com a realidade, de maneira que um possui parceria com uma ONG, enquanto a outra realiza um projeto voluntário em
abrigo e outra desenvolve projetos em prol da preservação da natureza, por exemplo, organizando coletas seletivas e dando destinação adequada.
A escola formal e os projetos sociais significam um grande campo de evangelização, que exige muito trabalho. Ignorar o potencial desse campo e abandoná-lo significa uma renúncia à missão cristã.
“É missão da Rede vivenciar na prática os valores da Interioridade, Verdade, Liberdade, Amizade, Comunidade e Justiça Social, vivendo o amor incondicional a Deus, que une alma e coração com o propósito de educar evangelizando e evangelizar educando.”